domingo, 30 de maio de 2010

Semente

"Se não houver frutos, valeu a beleza das flores;
se não houver flores, valeu a sombra das folhas;
se não houver folhas, valeu a intenção da semente."

Henfil

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Caminhos e opções...

Quão maravilhoso seria se pudéssemos tomar nossas decisões com facilidade, todas elas. Mas, na verdade, podemos escolher facilmente o que iremos comer no almoço, porém isso não se aplica em outras situações de nossas vidas.

Se bem que, as vezes, nos parece difícil escolher o que comemos no almoço também, de modo que escolhemos o "de sempre", não porque queremos comer, mas porque não temos ideia de outra coisa para pedir.

Infelizmente, temos que admitir que nossa vida é bem mais fácil quando são poucas as opções. Lutamos por diversidade e variedade, porém em dado momento não sabemos o que fazer com ela e acabamos mantendo o que temos.

Não nos afastamos de uma pessoa que passou a nos fazer mal, porque ela sempre esteve em nossas vidas e não saberíamos o que fazer com o espaço que ela deixaria. Não terminamos um namoro, pois estamos tão acostumados em estarmos acompanhados que não saberíamos o que fazer quando estivessemos sozinhos. Não começamos um namoro, porque estamos tão acostumados a estarmos sozinhos que tememos nos sentir sufocados ao inserirmos mais alguém em nossa vida. Não damos um basta na pessoa que acredita poder nos controlar, por temermos não avançar em outros pontos sem sua orientação.

E assim, vamos aceitando as coisas, "empurrando-as com a barriga", deixando assim de viver a vida em sua plenitude. Nos perdemos em nossas indecisões e passamos a ver dificuldades onde elas não existem.

Clamamos e ansiamos por mudanças, mas tememos vivê-las. Nos privamos de novas experiências, por temermos dar um passo rumo ao desconhecido ou, simplesmente, ao novo.

O que esquecemos é que a vida não para por nossa incertezas, pelo contrario parece que quanto mais lentos somos, mais rápido a vida se movimenta, muitas vezes nos forçando a dar aquele tão temido passo. O amigo se afasta, o namorado termina conosco, dentre outras coisas.

Claro que é impossível sabermos quando a vida se movimentará e nos levará com ela, por isso se torna impossível anteciparmos seus movimentos. Porém, podemos tomar nossas próprias decisões, escolher nossos próprios caminhos, assim evitamos que o controle de nossas vidas esteja nas mãos de outros ou do destino e que de todas as mudanças, nenhuma delas seja por nossas decisões.

É impossível controlarmos todos os aspectos de nossas vidas, mas cabe a nós fazermos o melhor que pudermos dela, deixando de lado nossas indecisões e fazendo o melhor que pudermos para que ela siga pelo caminho que desejamos.

A vida realmente vale ser vivida e não meramente assistida, para tanto precisamos tomar nossas decisões sem medo de ousar, sem medo de viver.



"O que se leva da vida, é a vida que se leva."

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Palcos da vida

Não é segredo para ninguém a dificuldade de sermos 100% nós mesmos em diversas situações de nossas vidas, assim como não é segredo o risco que corremos de nos perder com o passar do tempo, com a chegada da mudança.
Criamos personagens e somos o que a necessidade nos manda, em resumo fingimos. A vida não imita a arte, ela faz com que ela apareça.
No fundo, estamos em um grande palco onde as emoções reais se mesclam com a fantasia. Nós amamos e odiamos, ferimos e perdoamos, fazemos amizades e também inimizades, vencemos e perdemos, invejamos e somos invejados, isso tudo dentre tantas outras emoções e situações que diversas vezes acontecem naturalmente.
Porem, até onde isso é real e onde a fantasia começa? Quando estamos vivendo realmente e quando vestimos nossas mascaras e subimos no palco?
Será que ainda sabemos diferenciar estas situações? Sabemos realmente onde está a linha ténue que separa uma coisa da outra? Ou a mesma se perdeu no decorrer do tempo?
Muitas vezes essa linha se torna oculta, de modo, que é praticamente natural se converter no personagem que melhor se adequa ou se sobressai a determinada situação, e apenas um tempo depois ao refletir é possível notar a "aparição" do personagem.
A pergunta que reina agora é "seria isso falsidade? Bipolaridade ou algo do tipo? Ou seria penas mais um mecanismo de defesa?"
Particularmente, acredito que seja um mecanismo de defesa do ser humano. não consigo chamar de falsidade um funcionário sorrir para o chefe ao receber uma tarefa monótona e enfadonha que ainda por cima não tem nada relativo a suas funções.
O ser humano se adequa a necessidade que o impulsiona, tal como o camaleão, ele se camufla e modifica para sobreviver.
Assim é a vida. Ela lança ao ser humano situações diversas e cabe a ele responder da melhor maneira que encontrar.
Por mais estranho que possa parecer, é preciso subir ao palco a cada dia e não parar até que seu objetivo seja cumprido, sua meta seja alcançada. Participando assim desse grande espetáculo que é a vida, se esforçando para ainda existir no fim do processo, para não no perdermos;

"Se não houvesse esperanças, não estaríamos lutando"