sexta-feira, 7 de maio de 2010

Palcos da vida

Não é segredo para ninguém a dificuldade de sermos 100% nós mesmos em diversas situações de nossas vidas, assim como não é segredo o risco que corremos de nos perder com o passar do tempo, com a chegada da mudança.
Criamos personagens e somos o que a necessidade nos manda, em resumo fingimos. A vida não imita a arte, ela faz com que ela apareça.
No fundo, estamos em um grande palco onde as emoções reais se mesclam com a fantasia. Nós amamos e odiamos, ferimos e perdoamos, fazemos amizades e também inimizades, vencemos e perdemos, invejamos e somos invejados, isso tudo dentre tantas outras emoções e situações que diversas vezes acontecem naturalmente.
Porem, até onde isso é real e onde a fantasia começa? Quando estamos vivendo realmente e quando vestimos nossas mascaras e subimos no palco?
Será que ainda sabemos diferenciar estas situações? Sabemos realmente onde está a linha ténue que separa uma coisa da outra? Ou a mesma se perdeu no decorrer do tempo?
Muitas vezes essa linha se torna oculta, de modo, que é praticamente natural se converter no personagem que melhor se adequa ou se sobressai a determinada situação, e apenas um tempo depois ao refletir é possível notar a "aparição" do personagem.
A pergunta que reina agora é "seria isso falsidade? Bipolaridade ou algo do tipo? Ou seria penas mais um mecanismo de defesa?"
Particularmente, acredito que seja um mecanismo de defesa do ser humano. não consigo chamar de falsidade um funcionário sorrir para o chefe ao receber uma tarefa monótona e enfadonha que ainda por cima não tem nada relativo a suas funções.
O ser humano se adequa a necessidade que o impulsiona, tal como o camaleão, ele se camufla e modifica para sobreviver.
Assim é a vida. Ela lança ao ser humano situações diversas e cabe a ele responder da melhor maneira que encontrar.
Por mais estranho que possa parecer, é preciso subir ao palco a cada dia e não parar até que seu objetivo seja cumprido, sua meta seja alcançada. Participando assim desse grande espetáculo que é a vida, se esforçando para ainda existir no fim do processo, para não no perdermos;

"Se não houvesse esperanças, não estaríamos lutando"

Um comentário:

Unknown disse...

Aline,
O único comentário que posso fazer ao seu bem escrito texto é uso de duas frases que parafraseiam tal idéia...


"Por que quando tudo é o que somos, somos o que seremos, somos o fruto momento, este é nosso natural movimento..." (Vinicius Arnom)

"Não precisamos de um nome. Somos felizes mesmo não tendo um" (Publicado em Monster)


Beijos e sorrisos

Postar um comentário