terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O Cajado dos Escorpiões Negros

Palavras vans,
promessas de sua doença.
Rota de fuga ou carrossel,
qual o poder de sua crença?

Diria ardilosa
façanha algoz
Destemida a peçonhenta mosca azul
talvez intrigante ou mais feroz.

Bicho sem arrimo, colarinho neve
Coagula sentimentos a seu querer
nula escrúpulos, vazio espírito
vaga atrás do níquel verde, poder.

Palheta branca, escorpiões negros
Demagogia de lábia caliente
Voraz, inconstante, instável
Qual seria a voz do onipotente?

Como extinguir audaz,
Não disponho de tal conhecimento.
De desafio ao sagrado,
implora perdão sem armamento.

Se os últimos serão os primeiros,
transponha força mutua.
Aquele que agora não cultua.

Pretensiosos, agora não de bom tom
bancam Da Vinci contemporâneo, infante.
Antítese de O Príncipe maquiavélico.
Causa cética, irrelevante.

Qual o seu mal?
Creio que não fita.
Ser complexo, inexplicável, implacável.
Pretérito jamais cita.
Lótus, zéfiro, orvalho absinto
Combustão d’alma
mente que abruma
escraviza, ressarci, emancipa
afoga e consome a calma.

De mesmo teor, rancor
Faz sua translação e rotação
Embriaga, embebeda-se do vigor
Dos povos cria intercessor
Não vem a ser da criação, negociação
porém de sua própria maldição.

Cajados da “democratura”
Juízo interior capcioso
Apocalipse não geomantico
Dita à sentença, não é réu.
Perde a boêmia e paladar romântico
De si próprio, não é bedel.

Paira a voz ao palanque.
Utopia greco-romana.
Involuntária,
nunca filosófica ou dialética,
somente humana.

Confiança, promessa, voto, propina
Concessão e arrependimento.
Réstia de olhar critico
Não é montante assaz ao capital
Corrupto corrompido, minorado político.

Mártir fadigado,
Não há faixa, manto.
Não há cetro ou coroa!
Descarte a última cédula,
Um pássaro que voa...
Será que fomos ou foi herói?
O manifesto, o clamor
da busca onde ecoa...

Não seja verso, paixão
Crítica ou dizer...
Apenas,
O que queira entender!

 

Vinicius Arnom Neves Diniz

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