sábado, 6 de fevereiro de 2010

Quando estamos sós...

Solidão é algo difícil de se explicar, entender, suportar e vivenciar.

Não estar na companhia de outras pessoas, não significa estarmos sós: e a reciproca também é verdadeira.

Diversas vezes buscamos estar longe das pessoas, por diversos motivos: refletir, se acalmar, se concentrar, ler, ouvir musicas, compor, escrever, extravazar emoções ou até mesmo para simplesmente aproveitarmos nossa própria companhia.

Enfim cada pessoa tem seu motivo para se isolar. Isso não é errado, Marques de Vauvenargues, um soldado e moralista francês, até escreveu algo sobre isso, que dizia:
A solidão é para a alma. o que o jejum é para o corpo:
fatal se for prolongado, mas necessário de vez em quando.

Qualquer um é capaz de notar a verdade por detrás destas palavras, mas desejo falar de uma solidão mais nociva, aquela que nos encontra em meio a uma multidão.
Talvez você que está lendo seja um afortunado que nunca passou por isso, mas acredito que a maioria não seja.
Existem momentos em nossas vidas nos quais não importa quanto ou quem está nos acompanhando, pois em nossos corações. em nossas mentes, nossas almas nos sentimos sozinhos.
Existe algo de assustador em passarmos por este momento. "Olharmos para o lado" e não encontrarmos ninguém ao nosso lado, ninguém capaz de nos entender.
Posso dizer que este é o momento propicio para profundas reflexões, de analisarmos quem somos realmente, sem a interferência dos outros, sem a necessidade de provar algo a alguém.
É o momento de analisarmos se estarmos em companhia de nós mesmos é o suficiente para exortar nossa vida.
Se não, talvez tenha chegado o momento da mudança; se sim, a melhor estratégia é a paciência.
A vida é composta de altos e baixos, vivemos em uma roda gigante. A comparação pode ser fraca e cliché, mas não deixa de ilustrar a realidade.
A maneira pela qual passamos pelas dificuldades diz muito sobre nós, como somos, do que somos feitos e até onde podemos chegar.
Desistirmos ou nos deprimirmos na primeira oportunidade jamais será um bom sinal, assim como avançarmos sem planejamento ou cuidado. Tudo na vida deve ser o mais equilibrado possível.
Como diz um dito popular, que vale para muitos momentos da vida: "Tudo o que é demais, tem sobra."

Uma dica segura para passar pela maioria dos momentos ruins, é saber apreciar as pequenas belezas da vida, os pequenos milagres e agradecer por eles, pela chance de compartilhá-los ou apenas por tomar conciência deles.
Não importa a quem ou ao o que você irá agradecer, apenas seja grato pelos pequenas coisas: um dia bonito, as belezas da natureza, as demonstrações sinceras de afeto, o discernimento de saber reconhecê-las, a vida dos que você ama, a liberdade que você usufrui, enfim uma quantidade e variedade absurda de coisas.

Não digo para que se torne o maior dos otimistas, longe de mim. Todos somos, quem somos.
Mas, ser realista, por exemplo, não pode nos negar a ver o lado belo da vida.

Busque a felicidade onde você está e lute por ela com as armas que você dispõe, sem visar ferir ninguém no processo. Não desista e vença a solidão e os demais obstáculos da vida.

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